Esse artigo não foi feito por IA. Mas bem que poderia. Afinal, a ferramenta está abraçando inúmeras funções e já chegou ao mercado criativo. Sejam nas imagens, textos, e até mesmo nas vozes criadas, esta nova tecnologia abriu um caminho de oportunidades. Mas a pergunta que fica é: quais são elas?
Para alguns profissionais ela já é uma ferramenta de auxílio e otimização, já que caminha lado a lado com as suas estratégias. Para outros, ela é considerada uma ameaça futura e pode reduzir a fatia empregatícia, por ser eficiente e rápida, e mais barata do que um especialista.
Mas você já parou para pensar sobre isso? Nós sim. Por isso, resolvemos conversar com o nosso time, e entender as percepções de cada um sobre as influências e os impactos da inteligência artificial sobre o mercado de design, comunicação e marketing. E diante de uma diversidade riquíssima de pensamentos sobre o tema, decidimos compartilhar com vocês os pensamentos dos especialistas de diversas áreas da nossa equipe. Confira abaixo:
Maurício Abrahão – CEO EnterDesign e especialista em Branding
“Eu entendo que o AI vem para contribuir e revolucionar o mercado de publicidade. Não posso afirmar que será positivo ou negativo pois tudo depende de como será utilizado. Acredito que o trabalho mais manual e repetitivo, que não requer criatividade, será substituído por AI. Os criativos agora terão mais tempo para pensar no conceito, na ideia, na inovação e na representação disso. O foco dos profissionais virá antes da diagramação, do texto e da programação, que passará a ter uma contribuição mais significativa de AI. Como em todos os segmentos da indústria, o trabalho que hoje e antes era feito de forma robótica e processual por uma pessoa, passará a ser feito por uma máquina. Vamos ver né?”
Luis Felipe – Designer Gráfico e Editorial
“Pelo que eu tenho percebido até agora, a IA aparece como um motor de criatividade e novas possibilidades para criação. É muito interessante e divertido passar um tempo explorando algumas ferramentas do Photoshop 2024 ou o criador de imagens da Bing, por exemplo. Aos poucos vamos entendendo a lógica deles (ou achando que entendemos), e expandimos nossa mente com novas formas (algumas pitorescas, é verdade), estilos e ideias. Porém, um ponto importante a considerar é que a IA não existe sozinha. É quase sempre necessário que o usuário manipule alguma imagem gerada por IA, seja para acertar alguns pequenos detalhes ou para usá-la de base para uma criação maior. Então não sinto que o futuro dos designers esteja de alguma forma ameaçado, nem dos designers e nem de nenhuma outra profissão. A IA é apenas mais uma ferramenta de criação. Mas atrás de tudo, existe sempre um ser humano conduzindo os processos, modificando, aperfeiçoando.”
Jadh Andrade – Treinee em Comunicação e Atendimento
“Acredito que a IA, assim como o Metaverso em seu início, está passando por momentos de descobertas e aprendizados, tanto dos usuários quanto das próprias máquinas, o que gera medo e insegurança. Mas depois que a “poeira baixar”, os usos práticos dessa tecnologia vão se tornar mais claros, e sua integração no mercado também.”
Madeira – CEO 02Criativa e Designer
“Ao contrário do que os medrosos dizem quando falam que a IA vai tomar conta do mercado, extinguir os empregos da área criativa e etc, eu acredito que ela já está aí e deve ser usada para melhorar ainda mais a nossa criatividade, nos deixar mais profundos e com maior conhecimento em diversas áreas. Com a IA podemos criar imagens com maior qualidade e menos tempo para construirmos as peças que queremos em nossa comunicação. Podemos ter mais liberdade e menos dependência sobre banco de imagens, sobre posicionamento de câmeras e tudo mais. Pensando pelo lado redator, a IA também chega para ajudar, tanto na correção de textos, quanto na criação de insumos para novos conteúdos que estamos fazendo. Ao invés de pesquisar todo o conteúdo, porque não orientar a IA para trazer o conteúdo específico necessário e que o redator vá pinçar o que é importante e adicionar ao texto – COM ALMA do cliente – que ele está fazendo? “
Thatyana Cavalcanti – Webdesigner
“Eu tenho visto a IA de forma positiva, até então. Para mim, ela serve como uma aliada, uma facilitadora que auxilia em diversos aspectos. Não acredito que seu impacto por enquanto será negativo, apesar de toda a sua capacidade, as inteligências artificiais são limitadas e ainda trabalham a partir de probabilidades, além de dependerem do ser humano para gerar a primeira linha de comando. Acredito que por ser uma “novidade” as IAs ainda causem estranhamento e receio, porém, como a maioria das coisas na vida, é uma questão de adaptação.”
Gabi Crizzio – Estrategista de conteúdo e Redatora
“Assim como toda inovação que causa grande impacto, principalmente em processos produtivos e dinâmicas de trabalho, a IA ainda é vista com temeridade pela maioria das pessoas e das empresas. Eu acredito que falar sobre este recurso já não é mais falar sobre o futuro, mas sobre o presente. A OPEN IA abriu o debate de forma escancarada e nos trouxe a possibilidade de usarmos a inteligência artificial como ferramenta para otimizar processos. Acredito sim que, em 5 ou 10 anos, algumas funções sofram desvalorização ou até desapareçam com o avanço da tecnologia, no entanto, o fator humano em uma cabeça pensante ainda é algo que só nós temos, e esse é o nosso maior diferencial.”
Evelyn Costa – Gestora de tráfego e Analista de Marketing
“Dentro da questão da performance e análise de dados, a IA já é uma ferramenta fundamental há algum tempo, no cruzamento de informações, coleta de dados e segmentações. Entendo a Inteligência artificial como uma aceleradora de processos, pronta para ser uma ferramenta altamente poderosa, aliada à Inteligência humana. Não a vejo como algo ameaçador, mas sim como a “cereja do bolo” do trabalho criativo e analítico, fomentando a ideia dos especialistas e os comandos gerados por quem realmente pensa toda a estratégia.”
Mas e você? Qual a sua percepção sobre tudo isso?
Aqui, acreditamos que o futuro já chegou e cabe a nós aproveitá-lo da melhor forma.